O Brasil enfrenta uma escalada preocupante de casos de dengue, com 2,9 milhões de registros em 2023 e um aumento de mais de 50% em 2024. Diante desse cenário, o país se tornará pioneiro ao oferecer a vacina contra a dengue pelo sistema público de saúde, a partir de fevereiro.

A escolha de priorizar crianças e adolescentes de 10 a 14 anos na vacinação não é aleatória. Estudos indicam que, em grande parte do país, 50% dos moradores já tiveram contato com o vírus da dengue até os 10 anos. Além disso, essa faixa etária representa a maioria das hospitalizações. Em Foz do Iguaçu crianças de 10 e 11 anos poderão receber a vacina em todas as 29 unidades básicas de saúde (UBS) da cidade a partir dessa quarta-feira (28). A Secretaria Municipal da Saúde recebeu 7.909 doses do imunizante. Cada criança receberá duas doses em um intervalo de três meses.

A vacina Qdenga, liberada pela Anvisa para pessoas de 4 a 60 anos, chega em um momento crítico. O Brasil lidera os casos de dengue no mundo, segundo a OMS.

O Ministério da Saúde planeja imunizar 3 milhões de pessoas inicialmente, com 6,1 milhões de doses disponíveis. Cidades com alta transmissão, como São Paulo, Salvador, Belo Horizonte, Goiânia, Fortaleza e Rio Branco, foram as primeiras a receber as doses.

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A eficácia da vacina, com duas doses, é de 80% contra o risco de contaminação e 90% na prevenção de casos mais graves, como a dengue hemorrágica. No entanto, gestantes, lactantes e pessoas com imunodeficiência não podem recebê-la.

A dengue é silenciosa e os sintomas, como febre persistente, dor no corpo, vômitos e manchas vermelhas, podem ser confundidos com viroses em crianças. Por isso, a atenção dos pais é fundamental.

Além da vacinação, a prevenção se concentra em evitar o mosquito Aedes aegypti. O período mais chuvoso propicia a proliferação, destacando a importância de eliminar água parada, tampar caixas d’água e utilizar repelentes. O cuidado extra é vital, especialmente em áreas de alta transmissão.

Com a vacinação em pauta, o Brasil se arma contra a dengue, buscando conter a disseminação da doença e proteger as crianças, as mais afetadas. O Sistema Único de Saúde (SUS) desempenha um papel crucial, tornando o país referência mundial no enfrentamento à dengue. (Com ABr.)

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