Foz do Iguaçu, reconhecida como uma das principais cidades do Brasil, enfrenta desafios únicos no setor de saúde devido à sua localização geográfica estratégica e ao intenso turismo que recebe. Esses desafios se acentuam quando se trata do atendimento à saúde de populações flutuantes, incluindo estrangeiros que não residem permanentemente na cidade.
Paraguaios e argentinos, que vivem próximos a Foz do Iguaçu, frequentemente recorrem aos serviços de saúde da cidade devido à sua praticidade e gratuidade. Embora o município receba financiamento do governo federal com base na população residente, a presença dessas populações flutuantes gera custos adicionais ao sistema de saúde.
O princípio da universalidade do SUS garante o atendimento gratuito e integral a todos, independentemente da nacionalidade ou do local de residência. Todas as unidades de saúde de Foz do Iguaçu estão preparadas para atender casos de estrangeiros que se encontram na cidade temporariamente.
No primeiro trimestre de 2024, cerca de 12 mil estrangeiros utilizaram os serviços de saúde do município, representando um aumento significativo de 12% em relação ao mesmo período do ano anterior e 74% em comparação com 2022. Muitos desses estrangeiros registram-se em endereços de familiares locais para ar os serviços de saúde no país.
O prefeito está pleiteando junto ao Ministério da Saúde por mais recursos para enfrentar as demandas específicas de Foz do Iguaçu, que continuamente registra atendimentos a populações flutuantes. A secretária de saúde, Rose Mari da Rosa, destaca a importância de respeitar o princípio da universalidade e ressalta a urgência de mais recursos por parte do governo federal. Ela argumenta que o município sempre necessitou de investimentos adicionais, uma vez que os rees são determinados apenas pelos dados do censo do IBGE, sem considerar a demanda sazonal e flutuante da cidade.
