A gente fica na dúvida se é problema mesmo ou se é só preguiça dele! É comum ouvir essa frase quando recebemos crianças ou adolescentes com problemas de desempenho escolar. Para tirar essa “dúvida” se estamos diante de uma dificuldade cognitiva ou falta de motivação, o melhor recurso é a avaliação neuropsicológica. Ela tem como objetivo medir o funcionamento dos sistemas cognitivos cerebrais por meio de tarefas (os famosos testes!) e pode ser essencial num diagnóstico clínico porque fornece uma medida mais precisa sobre os problemas que se apresentam.
Uma testagem completa leva de 4 a 6 sessões e envolve e aplicação de diferentes instrumentos neuropsicológicos que visam isolar e avaliar que diversos domínios cerebrais como raciocínio lógico, memória, atenção, linguagem, e funções executivas (planejamento, controle inibitório, flexibilidade de pensamento e organização), bem como a velocidade do processamento da informação. Os resultados normativos por idade e escolaridade, permitem verificar se o desempenho está ou não dentro dos padrões médios em comparação aos pares.
Os testes dão resultados normativos por idade e escolaridade, o que permite verificar se o paciente está ou não dentro dos padrões médios em comparação aos pares. O momento ótimo para se realizar uma avaliação neuropsicológica com finalidade diagnóstica seria entre os seis e os oito anos, idade onde os problemas se evidenciam e podem ser melhor caracterizados. ada essa idade, as avaliações podem não ser conclusivas em termos de “fechar um diagnóstico”, porque esforços escolares e de outras naturezas, assim como o amadurecimento neurológico pode amenizar os quadros clínicos. Mesmo assim, a avaliação indicará os déficits ou áreas de dificuldades que precisarão ser estimuladas, e essa informação é importante para a intervenção. Ao término gera-se um relatório detalhado, para encaminhamento médico e escolar, permitindo também comparar os resultados em caso de reavaliação.
