Depois de dois anos de pandemia, Foz do Iguaçu conseguiu zerar a ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Covid do Hospital Municipal Padre Germano Lauck, unidade de referência para os nove municípios da região Oeste.
A redução dos casos graves da doença é atribuída especialmente ao avanço da vacinação. Em Foz do Iguaçu, 88% da população recebeu duas doses da vacina.
“Finalmente chegamos ao fim de uma fase tão difícil, e esse momento só é possível graças a todas as entidades parceiras. Mais de 1.200 pessoas partiram durante a pandemia, e isso nunca será esquecido, mas todo este trabalho será lembrado pelo aprendizado e a dedicação de cada um”, comentou.
Disse o diretor do Hospital Municipal, Amon Mendes Franco de Sousa.
Durante a pandemia, o hospital municipal ou de 17 leitos de UTI para 70 leitos de UTI de atendimento covid. E, durante o pico de casos da doença, entre os meses de março e abril de 2021, a instituição ainda precisou adaptar estruturas para os atendimentos, pois chegou a ocupar 100% desses leitos.
A istração municipal optou por investir na infraestrutura do hospital, com quatro ampliações feitas neste período de pandemia, em vez de construir hospitais de campanha, como foi feito em outras cidades do país.
Isso porque todos os recursos destinados à construção das novas alas e compra de equipamentos ficam como legado à população não apenas de Foz do Iguaçu, mas também dos municípios que compõem a 9ª Regional de Saúde, que recebem a assistência do hospital – única referência no atendimento a traumas e emergência na região.
A secretária de saúde, Rosa Maria Jerônymo, dedicou a vitória aos trabalhadores da saúde.
“Exatamente há um ano ávamos por um momento muito difícil, um dos piores da pandemia. Perdemos muitas vidas, mas salvamos muitas outras. Sem dúvida, foi graças ao trabalho destes profissionais que hoje estamos aqui, iniciando uma nova etapa”.
Médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, equipes de laboratório e serviços gerais do Hospital acompanharam a cerimônia e se emocionaram ao lembrar os dias difíceis.
“Quando a pandemia chegou, a gente acreditava que aquilo duraria uns três meses, mas o tempo foi ando, e tudo foi terrível. Era algo novo para todo mundo, e quem chegava sabia que teria que trabalhar demais. Foram dias intermináveis”, descreveu a enfermeira Karyna Patrícia Souza, responsável por atender o primeiro paciente internado na UTI Covid.


Em março do ano ado, 12 pacientes morreram em um único dia. As imagens dos carros de funerárias formando filas em frente ao Hospital nunca serão esquecidos pelas equipes.
“Esse foi o pior dia. Eu gritava, eu não queria perder ninguém. Pensava na minha mãe, na minha família. Por isso, hoje com certeza é um dia de alegria, de respirar aliviada”, contou.
Com informações da Agência Municipal de Notícias.