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Em 1904, o governo federal reconheceu a importância de estabelecer uma presença istrativa na fronteira de Foz do Iguaçu e criou a Mesa de Rendas por meio da Lei nº 1209. Subordinada à Alfândega de Paranaguá, a instituição iniciou suas atividades em abril de 1905, tendo Manuel de Azevedo da Silveira Netto como seu primeiro . Ele enfrentou uma viagem longa e desafiadora para chegar à Colônia Militar, o que evidenciou o isolamento da região, ível apenas por rios e rotas argentinas.

A Colônia Militar, fundada em 1889, contava com menos de 500 habitantes e tinha uma economia baseada na extração de erva-mate e madeira. A instalação da Mesa de Rendas simbolizou a presença do governo na área, mas as condições eram precárias. Silveira Netto, com recursos limitados, organizou a fiscalização aduaneira, construiu um barco e escadarias para o Porto Oficial no Rio Paraná. No entanto, pouco tempo depois, uma enchente destruiu as instalações, seguida por um surto de febre amarela em 1906, agravado pela falta de médicos e remédios.

Apesar das dificuldades, Silveira Netto conseguiu estruturar a Mesa de Rendas antes de entregar o cargo a Manuel Ramos. A instituição representou um marco na consolidação da soberania brasileira na região. Com a extinção da Colônia Militar e a fundação de Foz do Iguaçu em 1914, a cidade permaneceu isolada até a década de 1930, crescendo lentamente enquanto as instituições federais operavam dentro das limitações impostas pela geografia e infraestrutura.

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