Há quem acredite que, na era digital, tudo é permitido. Com um celular na mão e uma conexão à internet, qualquer um se sente autorizado a emitir opiniões, espalhar boatos e lançar ataques gratuitos contra quem quer que seja. A linha entre crítica legítima e difamação, no entanto, é mais nítida do que parece – e cruzá-la pode ter consequências sérias.

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Difamar, injuriar e caluniar são práticas tão antigas quanto a própria humanidade. A diferença é que, antes, o estrago era limitado ao alcance da voz. Hoje, uma mentira bem espalhada pode atravessar fronteiras e destruir reputações em minutos. O que muitos não percebem é que, ao apostar nesse tipo de expediente para aparecer, estão assinando um cheque que pode ser cobrado nos tribunais.

A Justiça brasileira define claramente os limites entre liberdade de expressão e crime. Quem espalha informações falsas ou distorcidas com o objetivo de prejudicar a reputação de alguém comete difamação, ível de detenção de até um ano. Se o ataque for mais direto, com insultos que atinjam a dignidade da vítima, configura-se injúria, cuja pena pode chegar a seis meses, podendo ser triplicada se envolver questões raciais. Quando a mentira vai além e se traduz na falsa acusação de um crime, entra-se no terreno da calúnia, uma das mais graves formas de ataque à honra, com punição de até dois anos de detenção.

Além das penas restritivas de liberdade, há casos em que o autor do ataque pode ser obrigado a pagar indenizações pesadas por danos morais, sem falar na possibilidade de sofrer sanções istrativas, como a exclusão de suas contas em redes sociais. O impacto dessas condenações vai muito além do que se imagina. Um processo pode significar a ruína financeira e o desgaste irreversível da reputação, que, ironicamente, muitos buscavam construir por meio da destruição da imagem alheia.

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O grande erro de quem aposta no caos para se promover é acreditar que o efeito colateral será sempre ável. A internet tem memória, e a Justiça, apesar de seu ritmo próprio, tem um histórico de agir quando o feitiço vira contra o feiticeiro. O espaço para brincadeiras de mau gosto, picardias imbecis e gracejos maldosos está cada vez mais limitado. Hoje, quem zomba pode acabar rindo por último; amanhã, pode estar assinando um acordo de indenização ou descobrindo que aquela “opinião” solta virou uma sentença judicial. O jogo mudou, e quem não percebe isso logo pode aprender da pior maneira possível: com a porta de uma delegacia se fechando atrás de si..

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João Zisman, economista com pós-graduação em Ciências Políticas e Gestão Pública, é jornalista por profissão. Natural de Recife-PE, tem 57 anos e vive em Brasília há mais de 30 anos. Pai de quatro filhos e avô de uma neta, Zisman combina sua experiência de vida com décadas de atuação em comunicação e marketing, destacando-se na criação de estratégias que combinam planejamento apurado e execução eficaz. Como jornalista político e analista, desenvolveu uma capacidade de traduzir cenários complexos em narrativas claras e assertivas, sempre alinhadas aos objetivos de seus projetos.

No setor público, atuou como assessor especial do Ministro da Ação Social e da Casa Civil da Presidência, além de ter colaborado diretamente com o vice-governador do Distrito Federal. Atualmente, é assessor especial na Secretaria de Relações Internacionais do DF, onde contribui para ampliar as conexões institucionais e promover parcerias estratégicas, fortalecendo a visibilidade e os projetos da capital. Essa vivência lhe proporcionou uma compreensão das dinâmicas entre o setor público e a iniciativa privada, qualificando sua atuação em diversos cenários.

Ao longo de sua carreira, Zisman também acumulou agens relevantes pelo rádio e pela televisão, onde foi âncora, comentarista e produtor de conteúdo. Essa experiência o conectou a um público diversificado e reforçou sua habilidade em comunicar de forma eficiente e adaptada a diferentes meios e contextos.

Sua experiência em comunicação é complementada pela habilidade em gerenciamento de crises, um diferencial importante que permite antecipar cenários, mitigar impactos e preservar reputações. Com uma visão estratégica apurada, Zisman também se destaca pela capacidade de identificar oportunidades em meio a desafios, desenvolvendo soluções inovadoras e práticas. Seja na análise de contextos políticos ou na execução de ações de comunicação, seu trabalho é orientado por resultados que equilibram inovação, eficiência e pragmatismo.

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