A campanha nacional de conscientização sobre o câncer de pele acontece em dezembro. Neste mês inicia o verão, com dias mais quentes, muito sol, tempo de férias, eios e praias, o que torna o momento oportuno de falar sobre o câncer de pele, por isso, Dezembro Laranja.

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No Brasil, ele já é um problema de Saúde Pública, pois, em nosso meio, 1/3 de todos os tumores malignos são de pele. Estima-se, para o próximo ano, o total igual ou superior a 185.000 novos casos de câncer de pele em nosso país. 

O câncer de pele pode ser não-melanoma e melanoma. O não-melanoma é constituído por dois tipos: o carcinoma basocelular, que se origina na camada mais profunda de células da pele, ele tem crescimento mais lento e é menos agressivo.

Já o carcinoma espinocelular, que se origina das camadas mais superficiais da pele, é mais agressivo. O melanoma é um tipo especial de câncer de pele que se origina das células que produzem melanina, é muito mais agressivo, facilmente acomete metástases, e pode ser fatal. Todos são provocados pela radiação solar, especialmente os raios ultra violeta que podem alterar o DNA das células. 

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A exposição demasiada aos raios ultravioleta da pele é um dos principais fatores de risco para o câncer de pele, mas não é o único fator que pode desencadear a doença. Pessoas que têm pintas escuras correm mais risco de ter um melanoma, assim como as pessoas de pele muito clara têm maior risco de contrair um câncer de pele.

Cerca de 10% das pessoas com melanoma tem um histórico familiar desta doença. O câncer de pele em geral é mais frequente em pessoas de mais idade, mas o melanoma acontece muito em pessoas mais jovens. Uma ferida na pele em pessoas que tomam muito sol e que não melhora em três meses, ou uma pinta que aumenta, muda de cor, se eleva ou sangra é altamente suspeita de câncer de pele.

Existem alguns cuidados que podem diminuir nossa chance de ter um tumor maligno de pele. Um deles é evitar a exposição excessiva ao sol, principalmente nas horas mais quentes, entre 10 e 16 horas.

O uso do filtro solar ajuda, desde que tenha um fator de proteção solar de 30 ou mais e que seja aplicado pelo menos a cada duas horas durante a  exposição solar. As barracas de lona ou algodão absorvem 50% dos raios ultravioleta do sol, já as barracas de nylon são pouco confiáveis, porque deixam ar 95% dos raios solares.

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As pessoas que têm que se expor muito, por motivos profissionais, por exemplo, devem usar chapéus de abas largas, vestes de mangas longas de preferência de cor branca e, se possível, usar protetores solares adequados. Uma ferida de pele que não melhora em 3 meses deve ser motivo para procurar um médico.

Ainda, ressalta-se que todos os tipos de câncer podem ser curados se o diagnóstico e o tratamento forem na fase mais inicial. Quanto mais cedo se diagnosticar ou tratar um tumor de pele, maior é a chance de cura.

Artigo escrito por Antoninho Ricardo Sabbi.

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Membro emérito da Sociedade Brasileira de Cancerologia e Mastologia. CRMPR-7093.

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