Se eu lhes dissesse que a eletricidade tem sido usada por muitos anos para aumentar a produção de alimentos em tamanho e sabor? Além disso, melhora progressivamente a saúde do solo e, como se isso não bastasse, também reduz a necessidade de agrotóxicos onde essa carga elétrica é aplicada.
Parece bom demais para ser verdade, no entanto, como é sabido, a realidade é muitas vezes mais estranha que a ficção.
Segundo dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA), o setor agropecuário utilizou mais de 500 mil toneladas de agroquímicos em 2017.
Só o glifosato, agroquímico utilizado em mais de 60% das lavouras, está relacionado à mortalidade infantil todos os meses, segundo pesquisadores da Universidade de Princeton, Fundação Getulio Vargas (FGV) e Instituto INSPER.
Entendo que os países têm uma grande demanda por alimentos, porém, acho que todos podemos concordar que devemos supri-los sem usar tanta toxina em nossa comida.
Encorajado a encontrar uma solução, encontrei o electro cultivo, uma técnica que, se aplicada corretamente, poderia nos ajudar mais do que imaginávamos.
Os primeiros estudos sobre o tema datam de 1748 pelo clérigo e físico francês Jean Nollet, conhecido por descobrir a osmose. Nollet iniciou um efeito dominó e foi uma inspiração para muitos ao longo dos anos, sendo um deles Abbe Bertholon, que desenvolveu mecanismos como o Electro-Vegetometer. Invenção que foi aprimorada pelo russo Spechnoff, que documentou aumentos de até 62% em suas culturas usadas durante seus experimentos.
Um estudo de 2021 da Academia Chinesa de Ciências Agrárias (CAAS) mostrou que as cargas elétricas favorecem o crescimento dos alimentos, entre 20% e 30%. Também houve uma redução de 20% no uso de fertilizantes e de 70% para 100% no uso de pesticidas.
Aí me pergunto, se existem alternativas como o electro cultivo que podem ajudar a combater a falta de alimentos e mortalidade infantil. Será que não é hora de rever nosso sistema de produção e começar a colocar em prática alternativas mais sustentáveis?
Acredito que sim.