Quem opera é o cirurgião, mas a máquina traduz os movimentos de suas mãos em tempo real, com a vantagem da magnificação das imagens em 3D, gerando mais qualidade e precisão nos procedimentos.

cirurgia robótica
Foto: Dr. Nario
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A primeira CR foi realizada em 2001 em Estrasburgo (França), e o cirurgião estava nos Estados Unidos da América (EUA). Inicialmente se pensava em operar os pacientes a distância, sobretudo aqueles localizados em situação remota.

Hoje já se sabe a importância do cirurgião na sala operatória (SO) para humanizar o procedimento. Já são mais de sete milhões de CRs no mundo, realizadas por mais de dez mil cirurgiões. Em alguns países, como os EUA, quase não se opera mais de modo aberto (com corte).

Ao Brasil, o robô chegou em 2008. Tem sido utilizado pela cirurgia geral, cirurgia digestiva, ginecologia, cabeça e pescoço, cirurgia pediátrica e urologia, especialidade esta na qual mais se desenvolveu nos últimos anos. Atualmente é possível realizar praticamente todas as cirurgias urológicas por meio do robô.

No Brasil são mais de 70 plataformas robóticas, com mais de 17 mil CRs realizadas.

cirurgia robótica
Foto: Dr. Nario

A cirurgia é feita por um cirurgião que fica num console. Ele manipula dois joysticks que transmitem os movimentos para os braços do robô localizados junto ao paciente. As pinças robóticas são introduzidas por pequenos cortes abertos nos pacientes (portais).

Elas mimetizam os movimentos das mãos humanas, filtrando os tremores e melhorando a precisão. O sistema visual tem tecnologia 3D e magnifica a imagem em até 15 vezes. Outra vantagem é que o próprio cirurgião controla a câmera, pois assim enxerga melhor o que mais lhe interesse.

Com isso, o robô amplia as capacidades do cirurgião, que consegue realizar o procedimento com muito mais qualidade e precisão. Junto ao paciente ficam outros profissionais, entre eles: um cirurgião laparoscopista e a instrumentadora.

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Eles ajudam a colocar e trocar as pinças, aspiram as secreções, colocam clipes e auxiliam nas cirurgias.

Para realizar uma CR, o cirurgião precisa qualificar-se com cursos e treinamentos, bem como ser certificado pela empresa Intuitive – detentora da tecnologia. O robô mais moderno é o Da Vinci Xi e tem quatro braços.

A prostatectomia robótica (PRRo) é a CR mais realizada no mundo. Em países como os EUA, praticamente não se faz mais CA. Sua grande vantagem é o restabelecimento mais precoce do paciente, com retorno ao trabalho antecipado, recuperação funcional também mais precoce, menor taxa de transfusão, menor analgesia no pós-operatório e menos dor.

Outras doenças urológicas podem ser operadas por meio do robô: nefrectomia parcial e nefrectomia total, para o câncer renal; adrenalectomia nas lesões da suprarrenal; pieloplastia nas estenoses da junção ureteropiélica; cistectomia com reconstrução, para o câncer de bexiga; e linfadenectomia retroperitoneal, para o câncer de testículo.

Assim, a CR já é uma realidade no mundo e em muitas cidades brasileiras, como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, entre outras. No Paraná temos o robô em Curitiba e Londrina. Em Foz do Iguaçu já há o projeto, que em breve deve ser concretizado.

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Dr. Nario Takimoto é médico formado pela Universidade Federal de Santa Catarina há 26 anos e especialista em urologia e oncologia cirúrgica. É membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica. O Dr. Nario é entusiasta da inovação em saúde e um estudioso do tema. Atualmente se dedica especialmente à cirurgia robótica e à cirurgia a laser da próstata.

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