Segundo estudos realizados pelo laboratório Pfizer, durante a pandemia de covid-19, metade dos jovens sentiu impactos em sua saúde mental. Cerca de 39% das pessoas na faixa de idade entre 18 e 24 anos relataram que a saúde mental ficou “ruim” durante o período e 11% responderam que ficou “muito ruim”. No total, 5% disseram que a saúde mental está muito ruim e 25% ruim, totalizando 30%.

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A pesquisa foi realizada pela Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec) e ouviu 2 mil pessoas em diversas capitais brasileiras. 

De acordo com o psiquiatra e pesquisador da Unifesp, Michel Haddad, a pandemia contribuiu para mostrar um aumento dos casos de transtorno mental que já se vinha percebendo nos anos anteriores. 

“A pandemia escancarou esse problema, mas isso já vinha acontecendo de longa data, especialmente nas últimas duas décadas”, destacou.

Mesmo que grande parte da população possua uma boa avaliação da própria saúde mental, a pesquisa identificou que muitas pessoas têm sintomas que podem ser indicativos de problemas mais graves.

38% das pessoas ouvidas pela pesquisa disseram ter irritação e insônia, percentual que sobe para 53% (irritação) e 45% (insônia) entre os jovens de 18 a 24 anos. A tristeza foi relatada por 48% da população geral e por 58% dos jovens.

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Para o médico, mesmo após o fim da pandemia, os efeitos da pandemia na saúde mental da população devem permanecer por algum tempo.

“Mesmo depois de um controle dessa questão sanitária, dos índices de infecção, nós ainda vamos viver os impactos dessa pandemia nos transtornos mentais”, ressaltou.

Setembro Amarelo e a relação com o suicídio

No dia 10 de setembro (hoje) é celebrado o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. A data começou nos EUA, quando o jovem Mike Emme, de 17 anos, cometeu suicídio, em 1994.

Mike era um rapaz muito habilidoso e restaurou um automóvel Mustang 68, pintando-o de amarelo. Por conta disso, ficou conhecido como “Mustang Mike”. Seus pais e amigos não perceberam que o jovem tinha sérios problemas psicológicos e não conseguiram evitar sua morte.

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No dia do velório, foi feita uma cesta com muitos cartões decorados com fitas amarelas. Dentro deles tinha a mensagem “Se você precisar, peça ajuda.”

Em Foz do Iguaçu, é possível encontrar o Centro de Valorização da Vida no endereço:

Av. Juscelino Kubitscheck, 3287

Horário: 19 às 23 horas 

Você pode enviar uma carta ou conversar pessoalmente com um voluntário do CVV em horário comercial.

Caso prefira realizar o atendimento por meios digitais, pode se comunicar através do telefone 188 e chat

Estado de vulnerabilidade agrava transtornos

Haddad também explica que os transtornos mentais, sendo a depressão um dos mais comuns, estão ligados a uma série de fatores, desde a genética até questões do meio onde a pessoa vive. 

“Os ambientes competitivos, a desigualdade social, as minorias étnicas, as populações que têm estado de vulnerabilidade social ou os grupos mais vulneráveis: idosos e adolescentes, todos esses são, infelizmente, a população mais afetada”.

Para auxiliar nessas situações, o CRAS oferece atendimento psicológico e psiquiátrico gratuito para:

  • Famílias e pessoas em situação de desproteção social
  • Pessoas com deficiência
  • Idosos
  • Crianças retiradas do trabalho infantil
  • Pessoas inscritas no Cadastro Único
  • Beneficiários do Bolsa Família
  • Beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC), entre outros

Em Foz do Iguaçu, o CRAS está localizado na Av. Andradina, 3400 no bairro Cidade Nova.

Para saber mais sobre o tema, recomendo este PDF da Fiocruz:

Disque 188

Não se esqueça: Falar é a melhor solução!

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