O Paraná reduziu em 73% a supressão da Mata Atlântica em 2024, conforme relatório divulgado pelo Instituto Água e Terra (IAT) nesta terça-feira (18). O levantamento do Núcleo de Inteligência Geográfica e da Informação (NGI) apontou que a área desmatada no Estado foi de 329 hectares no ano ado, contra 1.229 hectares em 2023. Os dados são baseados nos alertas da Plataforma MapBiomas, iniciativa do Observatório do Clima.

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Esse é o terceiro ano consecutivo em que o Estado apresenta uma redução significativa no desmatamento. Em 2021, a área desmatada foi de 6.939 hectares, caindo para 4.002 em 2022 (-42%) e 1.229 em 2023 (-69%).

Intensificação da fiscalização e aumento das penalidades

O secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável, Everton Souza, destaca o papel essencial da fiscalização no combate ao desmatamento ilegal. A equipe do IAT atua por meio de vistorias aéreas e análise de imagens de satélite, garantindo um monitoramento preciso e eficiente.

A aplicação de multas por danos à flora também aumentou, totalizando R$ 134 milhões em 2024, um acréscimo de 8% em relação ao ano anterior. O número de Autos de Infração Ambiental (AIA) subiu de 3.784 para 5.225. Desde 2019, as multas lavradas somam R$ 566,7 milhões, sendo os valores arrecadados destinados ao Fundo Estadual do Meio Ambiente para financiar ações de preservação e recuperação ambiental.

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Levantamento do Instituto Água e Terra (IAT) revelou que o Paraná reduziu em 73% o desmatamento ilegal em 2024

Regionalização das infrações ambientais

Entre as regionais com maior número de infrações ambientais, destacam-se Guarapuava (745), Curitiba (633), Francisco Beltrão (584), Irati (529) e Ponta Grossa (420), responsáveis por 63% das multas aplicadas, somando R$ 84,9 milhões.

O IAT também realizou operações de fiscalização em diversas regiões do Estado. Em abril, a primeira operação remota resultou na emissão de 218 autos de infração em 46 municípios, com R$ 5,9 milhões em multas. Em maio, uma vistoria no sudoeste do Paraná aplicou R$ 2,8 milhões em penalidades. No mês seguinte, seis municípios da região central foram monitorados, totalizando R$ 6,9 milhões em multas. Em julho, a segunda operação remota abrangeu 43 municípios e culminou na aplicação de R$ 16,4 milhões em penalidades.

Recuperação ambiental e avanços tecnológicos

Além do combate ao desmatamento, o Paraná investe na restauração ambiental. Desde 2019, o Governo do Estado distribuiu 10 milhões de mudas cultivadas nos 21 viveiros do IAT por meio do programa Paraná Mais Verde, em parceria com clubes de serviço, prefeituras, escolas e produtores rurais.

A tecnologia também desempenha um papel fundamental na fiscalização. O IAT utiliza imagens de satélite para identificar supressões florestais ilegais e monitorar licenciamento ambiental. Com sistemas cada vez mais avançados, a detecção de desmatamento ou de áreas mínimas de um hectare para três mil metros quadrados, permitindo uma fiscalização mais detalhada e a emissão de autos de infração de forma remota.

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Levantamento do Instituto Água e Terra (IAT) revelou que o Paraná reduziu em 73% o desmatamento ilegal em 2024

Como denunciar desmatamento ilegal

A população pode contribuir denunciando crimes ambientais. As infrações estão sujeitas a penalidades previstas na Lei de Crimes Ambientais (Lei Federal nº 9.605/98) e no Decreto Federal nº 6.514/08. As denúncias podem ser feitas pelo Disque-Denúncia 181 ou diretamente na Ouvidoria do IAT pelo portal Fale Conosco e nos escritórios regionais. Informações detalhadas auxiliam na rápida apuração dos casos e na punição dos responsáveis.

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