A obra na Avenida João Paulo II atende a uma demanda de décadas dos moradores, trazendo melhorias que prometem transformar a mobilidade e a qualidade de vida na região.
Após três décadas de espera, a transformação da Avenida João Paulo II, localizada na região do bairro Panorama, em Foz do Iguaçu, está finalmente em andamento. Impulsionada por um investimento de R$ 13 milhões e pela parceria entre o setor público e a iniciativa privada, a obra representa um marco para a cidade.
Liderada pela incorporadora Lote Grande, o projeto utiliza pavimento de concreto, uma alternativa inovadora que garante durabilidade e economia em manutenção. O concreto é fornecido pela Mineromix, enquanto a execução é de responsabilidade da Lote Grande. O projeto também inclui calçadas em paver, além de ciclofaixas e paisagismo, oferecendo uma estrutura moderna e funcional.
O prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro, destaca os benefícios do projeto para a mobilidade urbana e o turismo. “A nova Avenida João Paulo II vai melhorar o fluxo de tráfego e criar uma rota alternativa para turistas que chegam à cidade, evitando o centro e facilitando o o à Avenida das Cataratas”, afirma.
Pavimento de concreto: inovação e economia
Alex Maschio, diretor do Instituto Ruas, explica que o pavimento de concreto, amplamente utilizado na Europa e em países latino-americanos, apresenta resistência superior e vida útil de até 30 anos. “Com o uso do pavimento de concreto, a cidade ganha uma estrutura que exige menos manutenção e, portanto, economiza recursos públicos ao longo dos anos”, afirma. Além disso, o concreto absorve menos calor, reduzindo a temperatura da superfície em até 18 °C, o que favorece o ambiente urbano e o conforto térmico para os moradores.
Para garantir durabilidade, o projeto utiliza camadas de concreto magro para reforçar a base, tornando a estrutura adequada para tráfego intenso. Exemplos como Buenos Aires, onde 51% das vias são pavimentadas com concreto, e Chile, com 65%, inspiraram a escolha desta tecnologia.
Mas por que a Avenida João Paulo II Tem Pista Simples?
“Um dos questionamentos que tenho ouvido é sobre o motivo de a obra da Avenida João Paulo II contar com pista simples. Este espaço é uma oportunidade importante para esclarecer o tema. Concordamos que uma pista dupla tornaria o projeto ainda melhor. No entanto, a realidade é que não seria possível viabilizá-lo devido ao investimento necessário para a duplicação, que praticamente dobraria o custo atual, tornando a execução inviável dentro dos limites estabelecidos pelo Termo de Conversão de Área.” Esclarece Caetano Ferreira Filho, proprietário da Incorporadora Lote Grande.
“Ao avaliarmos as possibilidades, concluímos que o benefício para a população ao concretizar este projeto supera, e muito, a alternativa de permanecer enfrentando a falta de mobilidade urbana naquela região, um problema que persiste há mais de 30 anos.” finaliza Caetano.
Parceria público-privada e desenvolvimento urbano acelerado
A transformação foi viabilizada pelo Decreto nº 31.147/2023, que permite que loteadoras realizem projetos de interesse público em áreas de parcelamento urbano. O arquiteto e urbanista Alexandre Balthazar, coordenador do curso de Arquitetura do Centro Universitário Descomplica Uniamérica, destaca a importância dessa colaboração: “Esse tipo de parceria agiliza a realização de obras essenciais para o município, superando a morosidade burocrática e trazendo melhorias de forma mais eficiente”.
Para a Lote Grande, a obra vai além de uma obrigação: é uma oportunidade de contribuir para o desenvolvimento urbano, valorizando bairros e ganhando a confiança dos moradores. A Prefeitura optou por uma pista simples para equilibrar necessidades e custos, assegurando viabilidade econômica ao projeto.
Modernização e mobilidade urbana
Com essa parceria, o novo trecho da Avenida João Paulo II será interligado e modernizado, promovendo uma mobilidade mais eficiente e aliviando o trânsito, especialmente nos horários de pico.
