Usando como plano de fundo o Parque Nacional do Iguaçu, um evento único aconteceu nesta última sexta-feira. o lançamento do livro “Santos Dumont nas Cataratas”. Agendado 5 de abril, às 9h30, ao lado da estátua do ilustre aviador, este evento prometeu ser uma celebração emocionante da memória de Santos Dumont e de sua influência na região das Cataratas do Iguaçu.
O evento aconteceu junto à estátua do aviador no interior da unidade de conservação fruto da colaboração entre a editora da Unila e o Instituto 100 Fronteiras, com o apoio da Itaipu Binacional e do Fundo Iguaçu, o livro mergulha na vida e nas realizações de Santos Dumont, tendo como enfoque a sua conexão com as Cataratas do Iguaçu.
O livro, escrito por Micael Alvino da Silva, traz à tona um importante capítulo da vida do aviador, destacando seu ativismo e seu impacto na região das Cataratas do Iguaçu. Silva, autor da obra, pretende realmente escrever um livro sobre o Iguaçu, trazendo reflexões sobre nossa história e nosso futuro.
O lançamento deste livro especial busca não apenas resgatar a memória de Santos Dumont, mas também provocar reflexões sobre a preservação ambiental e a importância de valorizar nosso patrimônio histórico e natural.
O lançamento, aberto a todos os interessados, proporcionou uma experiência única de imersão na vida e nas conquistas de Santos Dumont, enquanto nos maravilhamos com a beleza deslumbrante das Cataratas do Iguaçu.
O evento contou com a presença do Diretor do Parque Nacional do Iguaçu, Jose Ulisses dos Santos que ressaltou o momento, evidenciando que não haveria lugar melhor para o lançamento, pois o parque além de trazer um olhar para a diversidade traz essa herança cultural interessantíssima.
Denys Grellman, presidente do Instituto 100fronteiras, anunciou no mesmo dia, o persoangem Dumonzito, cujo intuito é atrair novas geraçoes para a história e cultura da região.
Mas afinal de contas, qual a relação de Santos Dumont com as Cataratas?
Em 1916, enquanto a forma mais comum de viajar de Foz do Iguaçu até Curitiba era navegar pelo Rio Paraná até Posadas (Argentina) e seguir de trem até o Rio Grande do Sul, Alberto Santos Dumont escolheu um caminho diferente. Optou por percorrer a picada do telégrafo a cavalo, atravessando o interior do Paraná em direção à capital paranaense.
Chegando em Curitiba, Dumont foi recebido pelo governador Affonso Camargo. Esse encontro ficou marcado na memória da família Camargo, que até hoje preserva a lembrança desse momento histórico. Em 2009, um dos netos do governador cedeu uma foto do encontro, onde Dumont aparece ao lado de autoridades assistindo a um jogo de futebol em um estádio de Curitiba.
Embora não tenhamos registros da conversa entre Dumont e o governador, sabemos que ela teve um impacto significativo. Três meses após o encontro, toda a área em torno das Cataratas do Iguaçu foi desapropriada sob o argumento de utilidade pública. O antigo proprietário aceitou a indenização em 1919, encerrando assim o processo.