Desde que o mundo foi pego de surpresa com o coronavírus a rotina das pessoas mudou. O uso de máscaras, álcool em gel e o distanciamento social aram a fazer parte do dia a dia sem que houvesse tempo para se preparar. Diante deste cenário que se instalou no mundo as pessoas com autismo foram um dos grupos que mais sentiram o impacto, pois diferentemente dos demais, àqueles que tem TEA possuem alterações sensoriais não reagindo bem ao toque e contato com outras superfícies.
Com isso, diversas associações de autistas no Brasil reagiram às regras de uso obrigatório de máscaras, pedindo que fosse uma exceção para as pessoas desse grupo. Em cidades de São Paulo foi permitido que os autistas pudessem sair sem o uso dela. Já em outros locais, a preocupação com a contaminação gerou debates quanto ao uso ou não.

Além disso, o isolamento social trouxe à tona outro problema das pessoas com TEA que tem dificuldade em variar a rotina, causando assim um desconforto que pode evoluir para ansiedade e agressividade.
“O que é preciso notar diante de tudo isso é que as regras impostas não se encaixam a todos os grupos, pois a comunidade autista é muito peculiar e a obrigatoriedade do uso de máscaras e demais ações pode agravar o problema. Nós, enquanto educadoras e profissionais especializadas no atendimento à criança com TEA, vemos esse assunto como de extrema importância para garantir a segurança deles em relação ao coronavírus, mas também proporcionar uma vida digna, que preserve a integridade física e moral”, destaca a pedagoga da Somare, Andriane Schmiedel Fucks.
E enquanto não há uma medida específica para as pessoas desse grupo quanto ao uso ou não de máscaras, cabe aos pais e educadores proporcionarem o ambiente mais confortável possível para os autistas.
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