Segundo uma pesquisa realizada por Melisa Murialdo, contadora Analista da região da América Latina, indica que o turismo no Brasil retrocedeu anos. Mas ainda há esperanças: de acordo com especialistas, mais de 60% dos viajantes brasileiros pretendem fazer alguma viagem entre março e dezembro deste ano. E, Foz do Iguaçu está entre os destinos turísticos mais procurados.
Estima-se a chegada de 1,8 bilhão de viajantes internacionais até 2030, porém esta hipótese pode ser afetada pela pandemia da COVID-19 que provocou uma queda histórica dos dados dos viajantes em 2020, que é, até este momento, o pior ano registrado na história do turismo.
A crise no turismo começou a ver-se logo no início de 2020, antes dos impactos da pandemia. Ainda que com isso, a queda nos gastos de turismo e o ingresso de divisas pela atividade foram acentuadas profundamente, chegando ao seu mínimo em abril do ano ado. Naquele mês os brasileiros gastaram US$ 200 milhões no exterior, 86,4% menos que no mesmo mês do ano anterior. Por outra parte, os gastos dos estrangeiros no Brasil também registraram uma queda dramática de 76% no mesmo mês.

O turismo no Brasil está enfrentando a pior crise dos últimos 16 anos: para encontrar um valor baixo, semelhante ao atual, é preciso voltar a 2004, onde a receita cambial esteve abaixo do registrado em 2020. O acumulado dos primeiros 9 meses de 2020 mostram um gasto de US$ 2.382 milhões no Brasil, a metade do que ingressou em 2019 no mesmo período.

As viagens programadas tiveram de ser canceladas, aliás, quem que, em março de 2020 iria imaginar a proporção que o novo coronavírus tomaria?
Com algumas fronteiras ainda fechadas e a alta do dólar, que subiu para cima dos R$5, os destinos nacionais ganharam popularidade.
E nessa nova realidade na qual tivemos que nos adaptar, o interesse dos viajantes têm sido lugares onde tenha ambientes ao ar livre; 46% das buscas dos viajantes foram para lugares com sol e praia, 13% são para destinos culturais e patrimoniais, e 9,9% estão as opções de ecoturismo e natureza.

A região Nordeste tem seis dos dez destinos mais escolhidos nesta temporada, fato que não chama a atenção ao considerar que quase a metade das buscas feitas pelos viajantes foram sobre destinos de sol e praia.
Foz do Iguaçu: segundo destino mais procurado por brasileiros
Uma notícia boa: Foz é o segundo destino mais procurado por brasileiros. A cidade está crescendo cada vez mais e se preparando para a retomada de turistas.
No início de abril, a cidade irá contar com o maior Free Shop terrestre do Brasil com 2400m² de empreendimento e uma variedade de produtos que é de impressionar.
A cidade conta com grandes investimentos, como o início da construção da Perimetral Leste, e a Segunda Ponte entre Paraguai e Brasil.
Foz do Iguaçu também ganhará um novo atrativo turístico à altura de sua importância: o AquaFoz. O aquário contará com diversos tanques com espécies de água doce e de ecossistemas marinhos, o AquaFoz dará ao público a oportunidade de desfrutar de uma experiência imersiva, educativa e prazerosa pelos dois principais rios paranaenses, o rio Paraná e o rio Iguaçu, e ainda conhecer as espécies de peixes de água doce de diversos ecossistemas, formados ao longo desses rios.
Além de todos os empreendimentos para o crescimento da cidade, somos contemplados com as belas quedas das Cataratas do Iguaçu. O atrativo funciona seguindo todos os protocolos sanitários, assim como o Parque das Aves e o Marco das Três Fronteiras, onde é possível ver Brasil, Paraguai e Argentina.
“Estamos mantendo rígidos protocolos de segurança sanitária, com cada vez mais empresas aderindo ao Certificado de Ambiente Seguro.” Diz Paulo Angeli, Secretário de Turismo de Foz do Iguaçu, em entrevista a 100fronteiras.
Projeção esperançosa
Durante o ano de 2020, a atividade turística mundial retrocedeu 30 anos, se colocando em níveis de 1990 com quedas de mais de 70% na chegada dos visitantes: os destinos receberam cerca de 1 bilhão a menos de turistas internacionais.
Segundo o Fórum Econômico Mundial, 37 países são os que estão melhor preparados para a recuperação e para a transformação econômica futura. No caso da América Latina destacam-se Argentina, Brasil, Chile e México. A boa notícia é que, de acordo com especialistas da área, a maioria dos viajantes brasileiros (+60%) pretendem fazer alguma viagem entre março e dezembro deste ano. A novidade é que a preferência está em fazer viagens longas para recuperar a falta de aventura e o tempo perdido de 2020, embora 2 de cada 3 brasileiros preferem viajar quando tiver uma vacina ou tratamento eficaz para combater o Coronavírus.
Todos os dados utilizados acima são de autoria de Melisa Murialdo, Contadora Analista Região da América Latina./ Fontes utilizadas por ela: Ministério de Turismo; Organização Mundial do Turismo; Banco Central do Brasil; Fórum Econômico Mundial; Organização das Nações Unidas (ONU), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), O Melhor Trato, Subsecretaria de Gestão Estratégica – SGE; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
E ainda assim é uma das cidades menos preparadas pro turismo