A duplicação da Rodovia das Cataratas (BR-469), iniciada em setembro de 2022 com prazo de execução de 18 meses, alcança, em janeiro de 2025, 42,49% de progresso, conforme informações do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR). Esse avanço revela um atraso considerável na entrega da obra.

Publicidade

Uma longa espera

A duplicação dessa rodovia, que conecta o centro de Foz do Iguaçu ao Aeroporto Internacional, ao setor hoteleiro e ao Parque Nacional do Iguaçu, é um sonho de longa data para a população local e para os turistas que frequentam a região. As primeiras promessas de duplicação datam de 1985, quando o governador José Richa iniciou os primeiros trabalhos. Naquela época, a rodovia tinha apenas 23 quilômetros de extensão, ligando o centro de Foz ao Parque Nacional.

Após a construção da Ponte da Fraternidade, que liga o Brasil à Argentina, o então prefeito Perci Lima conseguiu convencer o ministro dos Transportes da época, Affonso Camargo, a iniciar a duplicação entre o centro de Foz e o trevo de o à ponte. Em 1985, um trecho de 4,3 quilômetros foi entregue, conhecido como Avenida das Cataratas.

A duplicação do trecho de 8,7 quilômetros entre o trevo de o à Argentina e o portal do Parque Nacional só começou a ganhar forma em 2020, após a de um convênio entre Itaipu Binacional, o Governo Federal e o Governo do Paraná. A pedra fundamental foi lançada em agosto de 2020 pelo então presidente Jair Bolsonaro, e as obras estavam previstas para começar em abril de 2021, com conclusão em 36 meses. No entanto, as obras só tiveram início em setembro de 2022.

Progresso das obras

De acordo com o DER/PR, o viaduto de o ao Aeroporto Internacional de Foz está em fase de escavação, com tráfego desviado para os provisórios. Já nos outros três viadutos e na nova ponte sobre o Rio Tamanduá, as atividades avançam na superestrutura, com vigas longarinas instaladas e concretagem em andamento.

A terraplanagem está em andamento no alargamento da pista central, na cabeceira da ponte e na área destinada à futura ciclovia. O aterro utiliza material pétreo, o que acelera o trabalho, mesmo em períodos chuvosos.

Publicidade

Além disso, está sendo realizada a pavimentação, com fresagem do pavimento existente, regularização do subleito, base em brita e imprimação com emulsão asfáltica. Também estão em andamento a construção de muros de contenção, a-faunas e sistemas de drenagem.

Desafios e frustrações

Apesar dos avanços, a obra tem gerado frustração entre a população local, que percebe um ritmo lento nas atividades. Moradores relatam falta de mão de obra suficiente, com máquinas frequentemente paradas e poucos trabalhadores no canteiro de obras.

Em 2023 e 2024, o Parque Nacional do Iguaçu recebeu quase 3 milhões de visitantes, que enfrentaram transtornos devido às obras nos 8,7 quilômetros da rodovia. Durante esse período, ocorreram três Maratonas Internacionais de Foz do Iguaçu, em que os atletas tiveram que lidar com o calor, poeira e as condições adversas causadas pela obra.

A questão que fica é: não seria mais eficiente dividir a duplicação em trechos entregues gradativamente, ao invés de transformar toda a extensão da rodovia em um único canteiro de obras?

Previsão de término da obra

Em janeiro de 2024, o DER/PR informou que a obra estava 24,76% concluída. Agora, um ano depois, o progresso chegou a 42,49%, o que significa uma taxa de avanço de apenas 17,73% ao longo de 2024. Caso essa taxa de progresso continue constante — o que seria um cenário preocupante para os moradores de Foz do Iguaçu —, a previsão é de que a obra leve mais de três anos para ser concluída a partir de janeiro de 2025.

Fonte:Assessoria Governo do Estado do Paraná

Anúncio Publicitário

Deixe um comentário

Deixe a sua opinião