O Dia Mundial do Rock nasceu em 13 de julho de 1985 quando aconteceu o megaevento Live Aid, idealizado pelos músicos Bob Geldof e Midge Ure.
Em Foz do Iguaçu existem várias bandas derivadas desse gênero musical. A banda Deceptacon foi criada em 2018, sendo conectado todos os membros pelo vocalista da banda, Lucas Gabriel Domingos Rojas, mais propriamente conhecido como Rojas. O restante da banda é composto pelo baixista Matheus da Silva Rios Farias, pelo guitarrista Matheus da Silva Freitas e pelo baterista Willian dos Santos.

Eles quiseram inovar dentro do sub gênero do rock (metal), trazendo outros estilos musicais brasileiros para as músicas (forró, pagode, entre outros).
A ideia portanto, sempre foi trazer mais “brasilidade” nas músicas, além de quebrar paradigmas dentro do gênero, que sempre foi muito cético.

Preconceito dentro do metal, um sub gênero do Rock

“O preconceito acaba sendo justamente como a temática de letra que uma banda segue”, Matheus Rios fala sobre as sub divisões do rock e como os fãs do gênero veem cada tipo de letra, ligadas a gostos e opiniões.
As “regras” tidas dentro do rock, falam todavia, de formas que o rock deve ser, sem apoio político, sem escolha religiosa, ter sempre as mesmas padronizações de fazer música.

A ideia da banda é quebrar todas essas regras e mostrar que as banda não só de Foz do Iguaçu, mas do Brasil podem criar seu próprio “padrão” dentro do mundo do Rock.
A banda em suma, falou sobre sua música que deixa explicita a opinião deles quanto esse preconceito. A música nomeada “Metalúrgico” é a tradução perfeita dessa opinião.
METALÚRGICO
Tripas, tripas! Ninguém entende o que tô falando! Sangue, sangue! Você vai morrer! Olhe como sou sombrio! Olhe como sou trevoso! Frente a guerra, cavalgue a glória. Não desista, retornamos em vitória. Navegando afora fugimos dos lobos. Na esperança de mudança, corações partidos. Caga regra, seguidor cego de estereótipo! Muito metal, mas só o seu importa! Tão metaleiro, trabalho metálico! Virou metalúrgico, pra ser metalhead! Chega dessa merda. O mundo vai acabar, Abre essa roda, Quero ver a porrada! Quebra, quebra! Ainda não me entende! Fratura, fratura! Você morreu! Dentro da escuridão! Se esconde a verdade! Caga regra, seguidor cego de estereótipo! Muito metal, mas só o seu importa! Tão metaleiro, trabalho metálico! Virou metalúrgico, pra ser metalhead! Chega dessa merda. O mundo vai acabar. Abre essa roda. Quero ver a porrada!
Mas, afinal por quê existe esse preconceito?
Existem várias teorias para isso, uma delas é a marginalização da imagem do “roqueiro” com rebeldia. Aliás, no Brasil, tudo que envolve revolta, manifestos e protestos é encarado historicamente como “rebeldia”. Uma vez que o “rebelde” é algo ruim, as pessoas automaticamente têm medo dos “roqueiros”, pois eles se vestem diferente, andam diferente e se comportam diferente.
Todavia, o maior preconceito dentro do gênero são com os próprios roqueiros. Há fãs que “brigam” por outros fãs não terem as mesmas noções de rock e músicas do gênero.
Quebrar enfim, determinados preconceitos dentro do mundo do rock, não vai trazer prejuízos, em verdade isso pode aumentar as possibilidades de conhecer grandes bandas e poder aproveitar, sempre de uma boa música. Isso vale, inclusive, para as bandas nacionais que tanto sofrem preconceito.
Os fãs de rock que se fecham para a produção musical do estilo no Brasil, acabam, sem querer e muitas vezes sem saber, fechando o mercado para bandas ótimas que são internacionais e impedindo investimentos indiretamente, pois os investidores só apostam dinheiro no que dá pode dar retorno.