Produtores de trigo do Rio Grande do Sul terão a oportunidade de vender até 200 mil toneladas do grão da safra 2024/2025 ao governo federal, por meio do mecanismo de Aquisição do Governo Federal (AGF), que integra a Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM). A medida visa ajudar os produtores rurais e formar estoques públicos estratégicos.
O anúncio foi feito em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (7), com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, e do presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto.
Intervenção do governo visa estabilizar preços
Em 2023, o governo federal já havia realizado uma intervenção para apoiar o escoamento do trigo. Neste ano, devido à persistente pressão sobre os preços do grão, será feita uma nova ação, agora por meio do AGF. O objetivo é formar estoques públicos para garantir o abastecimento do mercado e realizar intervenções quando houver necessidade de estabilizar os preços para os consumidores. “Vamos fazer o estoque público de trigo para que, no momento em que o consumidor precisar de ajuda, possamos intervir de forma eficiente”, afirmou Edegar Pretto.
Preços abaixo do mínimo estabelecido
A medida atende exclusivamente o Rio Grande do Sul, onde o preço médio pago ao produtor está em torno de R$ 67,11 por saca de 60 quilos, valor inferior ao mínimo estabelecido pelo governo, que é de R$ 78,51. A boa oferta de trigo no mercado internacional tem pressionado os preços para baixo, refletindo em um cenário de baixa que persiste há mais de um ano.
Recursos e objetivos da compra
A Conab realizará a compra com recursos da ordem de R$ 261 milhões. O presidente da estatal destacou a importância do trigo como alimento essencial na dieta dos brasileiros e ressaltou que a intervenção governamental visa não apenas apoiar os produtores, mas também garantir a estabilidade de preços para os consumidores. “Ao mantermos trigo em estoque, quando houver aumento nos preços em alguma região, podemos intervir para garantir a estabilidade e o o ao produto”, concluiu Pretto.
A medida reforça o compromisso do governo federal em apoiar o setor produtivo e garantir segurança alimentar para a população, ao mesmo tempo que promove a sustentabilidade econômica dos agricultores.