No Brasil, 48 milhões de pessoas têm o sonho de empreender. Com o processo para abrir um novo negócio reduzido a apenas 18 horas, o cenário atual reflete uma crescente disposição para começar a empreender. O empreendedorismo no país vai além da criação de empresas; ele é uma força capaz de transformar economias e sociedades, desde iniciativas familiares até startups inovadoras.
Para muitos brasileiros, o empreendedorismo representa uma chave para a inclusão social. De acordo com o estudo “Empreendedorismo no Brasil 2023” realizado pelo Sebrae e a Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas (Anégepe), 48 milhões de brasileiros têm o desejo de criar seu próprio negócio. O relatório da pesquisa Global Entrepreneurship Monitoring (GEM) destaca que o empreendedorismo é uma ferramenta essencial para inclusão, beneficiando especialmente pessoas de baixa renda (70%), mulheres (55%), jovens (50%), negros e pardos (63%).
O ambiente de negócios no Brasil tem melhorado, principalmente com a digitalização dos processos. Em 2024, o tempo médio para abrir uma empresa foi reduzido a apenas 18 horas, um marco histórico. Embora o estado do Pará tenha registrado o maior tempo para a abertura de novos negócios, as capitais Aracaju, Curitiba e Espírito Santo se destacaram por sua agilidade, com uma média de apenas 2 horas para finalizar o processo.
O crescimento do empreendedorismo no Brasil também é notável, com 1.459.079 novas empresas abertas no segundo quadrimestre de 2024, marcando um aumento de 5,3% em relação ao ano anterior. Micro e pequenas empresas representaram 97,3% dessa expansão. Além disso, o fechamento de empresas caiu 3%, sinalizando um ambiente mais favorável à longevidade dos negócios.
Por outro lado, ainda há desafios a serem enfrentados, como a falta de formalização de empresas em favelas, que limita o o a crédito e a possibilidades de crescimento. De acordo com dados da Central Única das Favelas (CUFA), 37% dos 5,2 milhões de empreendedores nessas comunidades não são formalizados.
Outro aspecto importante é a mudança na motivação para empreender. Em 2020, 49,6% dos novos negócios surgiram devido à necessidade gerada pela pandemia, mas em 2023, 61,4% dos negócios começaram com base em oportunidades de mercado, o que reflete um movimento positivo no setor.
Dentre os estados, o Ceará se destacou com um crescimento de 9,3% na abertura de novas empresas, enquanto o Rio Grande do Sul apresentou uma redução de 10%. O setor terciário dominou o mercado, com destaque para os serviços, que representam 52% do total de empresas ativas. As microempresas e os Microempreendedores Individuais (MEIs) continuam a ser a base do empreendedorismo no país.
Para 2025, os empreendedores brasileiros têm a chance de explorar nichos com baixo investimento e grande potencial de retorno, como corretagem de imóveis, design gráfico, consultorias e comércio eletrônico. O modelo de negócios digital, que permite operar sem um espaço físico e reduzir custos, se tornou uma tendência, abrindo novas possibilidades de negócio em plataformas de mídia social e e-commerce.
Para quem deseja iniciar um negócio no Brasil, há os essenciais a seguir, como a escolha do tipo de empresa, obtenção do Número de Identificação do Registro da Empresa (NIRE), registro na Junta Comercial e na Receita Federal, além de possíveis licenças e autorizações específicas. O uso de plataformas de contabilidade online também tem se tornado fundamental para garantir o cumprimento das obrigações fiscais de forma eficiente, permitindo que os empreendedores foquem no crescimento de seus negócios.

