O Governo do Estado do Paraná lamenta profundamente a morte de Dalton Trevisan, um dos maiores escritores da história do Paraná e um dos maiores contistas brasileiros, falecido nesta segunda-feira (09), aos 99 anos. Trevisan, que completaria 100 anos em 2025, deixa um legado literário imensurável, sendo premiado quatro vezes com o Prêmio Jabuti (1960, 1965, 1995 e 2011), além de conquistar o Troféu APCA, o Prêmio Camões e o Prêmio Machado de Assis, concedido pela Academia Brasileira de Letras.
Entre seus livros mais conhecidos estão “A Polaquinha”, “O Vampiro de Curitiba”, “Novelas Nada Exemplares”, e “Cemitério de Elefantes”, além de ser fundador da revista Joaquim. Sua obra aborda a complexidade das relações humanas e da vida urbana, com destaque para a solidão e as contradições da classe média, além de um olhar atento para os excluídos e marginalizados.
Em nota, o governador Carlos Massa Ratinho Junior expressou seu pesar, dizendo: “Curitiba perdeu um de seus maiores escritores. Dalton cravou uma marca importante na literatura paranaense e brasileira, criando personagens icônicos e escrevendo dezenas de livros que marcam gerações.”
A Secretaria de Estado da Cultura do Paraná também homenageou o autor, destacando sua escrita implacável sobre a sociedade: “Sua reclusão pública contrastava com a vivacidade de sua escrita, que permanece como um marco da literatura brasileira contemporânea.”
Em sua memória, o Centro Cultural Teatro Guaíra apresentará, no Festival de Curitiba em março de 2025, a peça “Daqui ninguém sai”, que faz uma homenagem ao escritor. A produção, dirigida pela atriz e produtora Nena Inoue, é baseada em suas obras e cartas trocadas com outros artistas.
Dalton Trevisan nasceu em Curitiba em 14 de junho de 1925, foi casado com Yole Bonato e teve duas filhas. Além de escritor, formou-se em Direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Sua obra continua a ser referência para as futuras gerações de escritores e leitores.
Fonte: Assessoria Governo do Estado do Paraná