Tudo está interconectado. Vidas são impactadas diariamente por ações que executamos e decisões que tomamos em nosso dia-a-dia. E em um ambiente com mais de quinhentas pessoas trabalhando com foco em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P&D+I) são pensadas inúmeras ações todos os dias. Incontáveis são as ideias que nascem, mês após mês, no Parque Tecnológico Itaipu Brasil, localizado em Foz do Iguaçu, Paraná. São técnicos, especialistas, mestres e doutores que, em suas temáticas de estudos, propõem projetos visando alcançar o propósito da instituição, que é gerar riqueza e bem-estar à sociedade. E um dos projetos que surgiu mediante a união de pensamentos foi o Programa Vila A Inteligente, o primeiro e maior bairro Sandbox do Brasil.

Conectado à proposta das Cidades Inteligentes (Smart Cities), o Programa Vila A Inteligente foi idealizado a partir de ensejos de sinergia de projetos executados pelo PTI com parceiros atuais e potenciais, como também pelo cenário atual, promissor para diversificação e implantação de tecnologias inteligentes. O Programa visa contribuir com o desenvolvimento de tecnologias e modelos de negócios para Cidades Inteligentes. Tais tecnologias se tornam ferramentas com alta capacidade de solução, onde desenvolvem-se negócios e respectivos produtos disponíveis para o mercado. Somados à infraestrutura ofertada e às áreas de testes e demonstração, fomenta-se a competitividade e aperfeiçoamento das tecnologias, na redução de custos, na abertura de novas empresas e startups, entre outros ganhos que, por sua vez, oferecem emprego e renda para a população local.

Tecnologias já instaladas:
Semáforos inteligentes, luminárias inteligentes, pontos de ônibus inteligentes, Centro de Controle de Operações.
Porém, antes de ser externado para a cidade, a proposta, hoje implantada na Vila A, foi pensada em formato de laboratório dentro das instalações do Parque Tecnológico. Contando com um público transitante diário de aproximadamente 7 mil pessoas (número estipulado antes do período de pandemia), o PTI-BR, em parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), desenvolveu o Living Lab, um laboratório vivo e real para experimentação de tecnologias, como por exemplo, o monitoramento das câmeras de reconhecimento facial espalhadas pelo Parque. Vendo o bom desenvolvimento desse ambiente, a equipe técnica da instituição propôs que isso fosse levado para um ambiente externo ao PTI. E assim nasceu o Programa Vila A Inteligente, que, a partir de parcerias, foi desenvolvido com foco em trazer benefícios à sociedade.
Atualmente renomeada de Bairro Itaipu A, a área comumente conhecida por Vila A é cercada por outros bairros que se estabeleceram devido à sua dinâmica e que a tornam ainda mais um núcleo residencial, comercial e de serviços. Abriga até os dias atuais uma sede istrativa da Itaipu, o Centro Executivo, e ao lado deste, o Gramadão, local de lazer muito utilizado pelos moradores do bairro e vizinhança. A Vila A ainda é cenário atual de investimentos por parte da Itaipu Binacional a citar-se a construção da pista de caminhada e área de convivência, a reformulação do espaço de lazer e convívio Gramadão, a instalação do Mercado Público nas antigas instalações da Cobal e ainda a ampliação do Hospital Ministro Costa Cavalcanti (HMCC), que totalizam investimentos próximos a R$ 80 milhões. A Vila A, além de estar localizada estrategicamente nas proximidades do Parque, apresenta fatores positivos para a implantação do conceito de Bairro Inteligente como:
● Existe uma associação ativa no bairro, a Associação de Moradores da Vila A – AMVA;
● Possui banco com dados de segurança como roubos e furtos;
● É contemplado com uma iniciativa coordenada de coleta seletiva de resíduos e Unidade de Valorização de Recicláveis;
● Possui iniciativas de obras e projetos com a Itaipu Binacional e outras parcerias;
● Apresenta infraestrutura e inicial (conectividade, fibra óptica e
equipamentos públicos);
● É um bairro delimitado, com comunidade afim ao tema e às instituições proponentes e, também por isso, apresenta potencial para integrar-se em sequência ao Living Lab PTI;
● Possui uma rede de comunicação por fibra óptica que a interliga com a área Itaipu Binacional.
Mais do que participar da transformação tecnológica da cidade, o Parque visa conectar pessoas às situações e locais, sempre desenvolvendo a região e proporcionando diversificação da economia local. Com as tecnologias instaladas e funcionando em ambiente urbano, o PTI segue apoiando a transformação de Foz do Iguaçu em um polo de inovação, e para isso, novos os foram encaminhados.
Entendendo a necessidade de crescimento da cidade e expansão das empresas tecnológicas que aqui estão, recentemente foi lançado o Smart Vitrine, um edital voltado para a seleção de empresas que vão demonstrar e validar soluções no ambiente de testes Sandbox da Vila A. O foco principal é resolver, de forma inovadora, problemas reais da população e melhorar a qualidade de vida, gerando novos negócios e alavancando empresas que trabalham com serviços e produtos voltados ao tema de cidades inteligentes. Nos próximos meses, seis novas soluções tecnológicas se somarão ao Vila A Inteligente.

Além de trazer para a cidade as empresas já formadas e em maturidade de mercado, o Parque atua fomentando a ideação de projetos que venham a tornar-se startups de sucesso. Assim, por meio de sua Incubadora Santos Dumont, lança o edital Hangar, que é um programa de incubação de ideias e empresas que tem como objetivo fazer que startups decolem seus negócios por meio de apoio financeiro, além de mentorias e acompanhamento pelos analistas da Incubadora.
DADOS EM DESTAQUE:
+ de 1500 pessoas impactadas
+ 350 ideias de negócios
Agora, você já deve ter compreendido que a essência do Parque Tecnológico Itaipu é a busca por soluções inovadoras, não é? Portanto, a conexão entre especialistas e desenvolvedores dessas soluções, torna-se essencial. Assim nasce o PTI Mentor, um programa que conta com mentores dos quatro cantos do país, que são experts em suas áreas de atuação e tem larga experiência profissional. O objetivo da organização é promover a conexão entre especialistas e as empresas incubadas. E falando em empresas, não podemos esquecer daquelas que já existem, estão consolidadas no mercado e contam com potencial de crescimento. Estas, foram convidados para fazer parte do Desafio Inova Oeste, que apoia micros e pequenas empresas para que inovem e tragam soluções diferenciadas ao mercado.

Além de incentivar os empreendedores já em mercado à inovação, o objetivo do PTI também é apoiar os jovens universitários para que tenham estímulos a empreender. Por isso, o Programa de Integração Universidade Empresa surgiu como forma de promover a conexão entre as empresas e a academia, fazendo com que os acadêmicos pudessem entrar no universo do mercado de trabalho e contar com o apoio de empresários.
DADOS EM DESTAQUE:
211 bolsistas
51 empresas
6 universidades parceiras
Soma-se a isso o PTI Conecta, um projeto direcionado exclusivamente aos acadêmicos que têm interesse nas temáticas de inovação e empreendedorismo. Por meio de palestras e dinâmicas, os especialistas do Parque Tecnológico desenvolvem uma trilha de conhecimento que mostra aos alunos o caminho a seguir para empreender por meio de startups. Engajando os jovens de forma prática, instigando-os a tirarem a ideia do papel e investirem nela, colocando-as em prática.
E então você se pergunta: mas são muitas coisas ao mesmo tempo! Sim, e não poderia ser diferente. Uma instituição que conta com mais de 500 colaboradores, atuando ativamente, só poderia resultar em impactos positivos em prol da comunidade.
Todas as ações que estão acontecendo de forma paralela fazem parte do Hub Iguassu de Inovação, que é uma plataforma de negócios para interagir com o setor privado e investidores interessados, com o objetivo de transformar a cidade em um polo de inovação e referência em cidades inteligentes no Brasil. Atualmente, o Hub encontra-se em processo de estruturação, porém, seus resultados já são vistos há mais de um ano por todos os moradores da cidade. Afinal, ser o único parque tecnológico da região, faz com que o Parque Tecnológico Itaipu tenha a missão de atuar para a comunidade. E é o que fazemos, por que juntos somos mais inovadores!

“Algo grande está acontecendo! É com satisfação que temos projetado e executado diferentes ações que impactam na vida das pessoas. Estamos quebrando paradigmas do que seria o “papel de um parque tecnológico”, afinal, quando colocamos como missão gerir um ecossistema através de ciência, tecnologia, inovação e negócios, estamos trabalhando para mudar realidades. Queremos ampliar o número de empresas, colocar produtos no mercado, conectar pessoas, fortalecer o capital intelectual e tecnológico, interagir com ecossistemas (universidades, empresas e setor público). Consequentemente, o sucesso de um parque é o sucesso dos negócios que nele acontecem ou são promovidos por ele. Então, para que possamos gerar riqueza e bem estar para a sociedade é preciso aumentar a percepção das competências presentes no ecossistema para despertar o interesse das grandes empresas e, ao mesmo tempo, criar as condições para a atrair e gerar novos empreendimentos. Acelerar as empresas e participar de empreendimentos não é uma coisa que nós fazemos por fazer, é dever! Promover a animação do Ecossistema com ações e eventos que estimulem as conexões entre startups e empresas âncoras faz parte da nossa missão, e é para isso que estamos aqui!”.
Diretor de Negócios e Inovação, Rodrigo Régis de Almeida Galvão

“Temos trabalhado para desenvolver cada vez mais o município de Foz do Iguaçu, que é o berço do PTI Brasil. Como visto, temos diversos programas já atuantes, alguns até em sua segunda rodada de implementação, com a finalidade de diversificar, fomentar e solidificar a economia local, através da geração de emprego e renda. Temos, no município, um capital intelectual de aproximamente 20.000 estudantes nas universidades locais, por isso, um dos nossos mais bem-sucedidos programas, o Programa Integração Universidade Empresa, que insere os jovens no mercado de trabalho para poderem dar o primeiro o em suas carreiras ajudando empresas com suas expertises adquiridas em sala de aula. Recentemente, lançamos, oficialmente, as tecnologias instaladas na vila A que compõem o nosso programa em Cidades Inteligentes, o Programa Vila A Inteligente. O programa tem como objetivo impactar de forma positiva a qualidade de vida das pessoas e será um dos pilares para o Hub Iguassu, que é uma grande plataforma para impulsionar as empresas que poderão testar e validar suas tecnologias, quanto as startups, que receberão mentorias, incubação e aceleração. Queremos, também, estimular nossa academia para aproveitar todo o potencial de nossos universitários direcionando-os para a cultura do empreendedorismo e da inovação.
Diretor Superintendente, general Eduardo Castanheira Garrido Alves.
Temos diversos Centros de Competências nas mais diversas áreas do conhecimento, alguns com mais de 10 anos de expertises. Centro em energias renováveis, segurança de barragens, segurança cibernética e laboratório em automação e simulação de sistemas elétricos, possuímos diversos projetos e estudos que foram utilizados para auxiliar a nossa mantenedora, a Itaipu Binacional, e que hoje estamos disponibilizando para atender ao mercado.
E tudo isso só faz sentido quando conectados a nossa missão. Mesmo geograficamente longe de diversos bairros da cidade, estamos aqui, de portas abertas para receber toda a sociedade iguaçuense. No último ano amos por muitos desafios, e desafios virão, mas estamos unidos em prol de um objetivo comum. Contem conosco!”
Matéria escrita por: Geovana Gasparoto
Fotos: Kiko Sierich