Em decisão histórica, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou nesta quarta-feira (6) a vacinação ampla de crianças contra a malária para populações em regiões com altas taxas de transmissão, como a África Subsaariana.

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A indicação foi feita depois da análise dos resultados de um programa piloto que ainda está em andamento em Gana, Quênia e Malaui.

Ao todo, o estudo atingiu mais de 800 mil crianças desde 2019 e vai continuar em execução para avaliar o impacto da medida. Mais de 2 milhões de doses de um total de 10 milhões já foram aplicadas.

A indicação da OMS é para aplicação da vacina “RTS,S/AS01” em um esquema de 4 doses em crianças a partir dos cinco meses. O objetivo é prevenir a doença e reduzir o impacto da malária entre os que forem contaminados.

De acordo com a OMS, a vacina é resultado de 30 anos de pesquisa e desenvolvimento da GSK com apoio de entidades e centros de pesquisa africanos. No estágio final das pesquisas, entre 2011 e 2015, os estudos tiveram financiamento da Fundação Bill & Melinda Gates.

 Hailshadow/Getty Images

Quais são os próximos os?

A OMS afirma que, entre os próximos os, está definir as fontes de custeio para financiar a distribuição da vacina. Além disso, é esperada a inclusão do imunizante como parte das estratégias nacionais de vacinação.

Ainda segundo a entidade, o “programa piloto” da vacinação continuará nos 3 países para avaliar o valor agregado da 4ª dose da vacina e para medir o impacto de longo prazo nas mortes infantis.

A malária

A malária é uma das doenças infecciosas que mais mata no mundo.

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A doença é febril aguda, e é causada por protozoários do gênero Plasmodium e transmitida pela picada do mosquito Anopheles sp, popularmente conhecido como mosquito-prego.

Em 2019, ela foi responsável por 229 milhões de casos e 409 mil mortes, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS). 94% dos casos ocorreram no continente africano, e 67% das vítimas foram crianças com menos de 5 anos de idade. 

O Brasil reportou, em 2019, 153 296 casos autóctones (quando a transmissão acontece dentro do país, e não de uma pessoa vinda de fora). Em comparação com primeiro semestre daquele ano, o mesmo período de 2020 apresentou uma queda de 15,1% dos episódios.

Malária

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