Em três meses de pandemia e isolamento social já amos por todas as fases, que incluem a negação, aceitação e mudança

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Agora vivemos a fase da mudança, na qual o dia a dia não é mais o mesmo e o que antes parecia a forma comum de viver hoje não se encaixa mais nessa realidade. Hoje prezamos muito mais pela segurança, e ela está firmada não apenas nos cuidados de higiene e uso de máscara ao sair para a rua, mas também na segurança financeira, aquela em que aremos a cuidar melhor do nosso dinheiro, criando reservas para casos emergenciais. Mas ao mesmo tempo em que prezamos por segurança, também temos medo da mudança, porque ela assusta. “Penso que o sucesso na retomada das atividades será pelo enfrentamento ao medo das pessoas. Medo de ir aos restaurantes, aos hotéis, aos pontos turísticos, aos lugares públicos, enfim, ao comércio em geral. E cabe aos empresários e a todos os iguaçuenses mostrar que nossa cidade é segura! As ações eficazes e a mudança de hábito devem ser divulgadas amplamente, e podemos ser exemplo ao mundo nesta chegada do novo normal. Nós, iguaçuenses, devemos participar desta grande retomada, visitando os pontos turísticos e mostrando, primeiramente, para todos os brasileiros que Foz do Iguaçu é um destino seguro. Eu acredito em Foz”, ressalta o arquiteto Leandro Costa, do escritório CostaFizinus.

Neste momento de renovação, a mudança é mais do que essencial para nossa sobrevivência. “A nova fase que teremos que enfrentar diante dos fatos atuais, saúde e economia, nos levam a um patamar nunca imaginado antes. Precisamos nos unir como empresários e poder público, pois a retomada da economia depende desses dois fatores caminharem lado a lado, e se não houver uma concordância desses dois poderes será muito difícil a volta do que estávamos vivendo há quatro meses. A receita é simples: desburocratizar para avançar”.

Sugere o engenheiro Assem Said Auada, proprietário do Grupo Atria.

E já que estamos vivendo o período de mudança, com ela surge um novo normal e com isso nasce uma nova Foz do Iguaçu, que parece um sonho para seus milhares de visitantes anuais, um oásis ideal para diversão de adultos e crianças ou um lugar perfeitamente eficiente para fazer negócios. Em 106 anos de história, Foz evoluiu tanto em design quanto em transformação dos ciclos econômicos, graças ao pensamento estratégico e cooperativo por parte de indivíduos e organizações visionárias. Vivemos em um dos locais mais privilegiados da América Latina. Fazemos fronteira com outros dois países e nosso quintal de casa é agraciado pela beleza e grandeza das Cataratas do Iguaçu, sem falar na força da Usina Hidrelétrica de Itaipu. E se não bastasse tudo isso que já temos, agora vivemos um momento de renascimento com a construção da tão sonhada e aguardada segunda ponte, que vem surgindo imponente e devolvendo a esperança para os moradores da fronteira.

Obra da Segunda Ponte no lado brasileiro. (Foto: Alexsandro Pinheiro/Fundação PTI)

Essa obra, juntamente com o conjunto de obras estruturantes do Programa Acelera Foz, que visa a desenvolver a região, dão um novo gás à retomada econômica da cidade e do turismo, que reabre as portas hoje, no dia 10 de junho, para mostrar que nossa vocação é sim o turismo, mas que também pode ser a logística e o desenvolvimento tecnológico. “Estamos ando pela maior prova de fogo das últimas décadas. Acredito que, após o fechamento das nossas fronteiras, Foz será reinventada. Acredito em uma nova Foz, voltada diretamente ao seu foco: nossos atrativos turísticos e a fantástica rede hoteleira aqui disponível! Com o grande apoio que a Itaipu Binacional e o Codefoz vêm mostrando, temos tudo para ser referência em turismo no Brasil”, destaca o proprietário da Empório das Piscinas, Luiz Ritter.

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O potencial de Foz é tão grande quanto a nossa capacidade de nos reinventarmos, por isso, neste momento de mudança, é preciso acreditar ainda mais que tudo ficará bem. “Creio que a grande mudança que estamos vivendo, mais do que o fechamento do comércio que vivenciamos por algum tempo, são as fronteiras fechadas e o sumiço dos turistas. O fluxo de pessoas e negócios, entre principalmente Brasil e Paraguai, foi rompido de forma brusca, e não temos muita perspectiva de retomada a curto prazo. Imagino que isso seja uma oportunidade para um aperfeiçoamento e fortalecimento do comércio de Foz, uma vez que o turismo de compras, com a chegada dos duty free a nossa cidade, deve se concentrar aqui e fazer com que o movimento que havia em CDE se concentre em nossa cidade. Torço para que a retomada seja rápida e que voltemos a receber os turistas que são tão importantes são para nossa economia”, frisa o proprietário do Grupo MovDecor (Sierra e Tidelli), Fernando Kersting.

Além do potencial para os negócios, nós iguaçuenses amamos ear no quintal de casa. Fazemos isso por muitas razões: gastronomia regional e estrangeira, contato com a natureza, diversidade de culturas… Nesta cidade fronteiriça muitas características podem tornar-se nossas raízes – e muitos de nós voltamos aos mesmos pontos turísticos por anos e anos. Seja o lançamento de algum restaurante ou atrativo turístico, ou mesmo para relaxar depois de um dia estressante no trabalho em um happy hour divertido, tudo isso faz parte de nossa rotina, e mesmo que hoje a rotina tenha mudado de modo geral algumas tradições iguaçuenses nunca vão mudar.

“Acredito que todas as situações que são impostas em nossas vidas nos trazem aprendizados únicos. E esse ano fomos postos à prova viva disso. Em meio a uma pandemia fomos obrigados a refletir e pensar em alternativas e seguir adiante quando tudo isso terminar. Sabemos do potencial de Foz do Iguaçu e de todo o enredo da Tríplice Fronteira, por essa razão resolvemos fazer o lançamento da nossa terceira fase do empreendimento nesse momento. Me considero um nativo, criado e enraizado nessas terras, e trabalho incansavelmente para que Foz do Iguaçu prospere em todos os sentidos. Temos tudo para nos sobressair. Sabemos da importância do turismo local e de toda a energia contagiante que essa terra possui, e nela nos afeiçoamos. Sabemos de todo o potencial que nosso empreendimento dará para os iguaçuenses no mercado de trabalho e, por essa razão, batalhamos para que todos possam usufruir uma qualidade de vida melhor. Qualidade essa que nós da Salinet Empreendimentos Imobiliários buscamos diariamente, sendo nosso compromisso com todas as famílias que confiaram seus sonhos conosco”.

Fernando Loures Salinet Filho, diretor do Complexo Royal.

Além disso, a capacidade de se reinventar é gigantesca e é na crise que surgem as melhores oportunidades. “Meu ramo de atividade é o de semijoias, e poderia dizer que seria muito afetado por conta de tudo que temos vivido, porém vi uma oportunidade no meio da adversidade, focando em atendimentos totalmente personalizados. Com isso, conseguimos vencer a crise através de novas estratégias dentro desse novo momento e seguindo todos os protocolos. Sem dúvidas a população de Foz é muito receptiva, e estamos juntos para superarmos esse momento”, explana Claudia Lemos, proprietária da empresa.

Foz do Iguaçu

São muitas coisas que fazem Foz do Iguaçu ser especial. 106 anos já se aram e aprendemos muito. Hoje, estamos aprendendo bem mais e com a certeza de que Foz do Iguaçu é privilegiada tanto em localização quanto em pessoas. É reconfortante olhar para a cidade e ver o quanto ela evoluiu em todos esses anos, ao longo dos quais a criatividade foi aplicada em várias partes do destino, incluindo neste novo momento de obras estruturantes. E isso tudo será necessário para receber calorosamente os visitantes aqui no futuro e criar uma confiança de que, quando essas centenas de milhares de pessoas retornarem, Foz do Iguaçu estará pronta para recebê-las.

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“Foz do Iguaçu é uma cidade incrível não apenas pelas belezas naturais e atrativos turísticos que despertam olhares do mundo todo, mas também pela força de vontade e resiliência das pessoas que moram aqui! Por meio da cooperação e engajamento da sociedade, acredito que conquistaremos uma retomada segura para todos os setores, especialmente para o comércio e turismo”.

Marina Palazzo Delai,  jornalista do Sicoob Três Fronteiras.

“Foz como sempre possui uma ‘plasticidade’ ímpar. Acredito que sairemos mais fortes desse momento, pois Foz já se adaptou e se transformou diversas vezes pelas crises já adas. E já podemos perceber as pessoas mais conscientes de suas ações para si e para com os outros. Não é um momento fácil, mas podemos ver como os cidadãos iguaçuenses não baixam a cabeça nunca”.

Jaderson Gruber Junior, Diretor geral da Instelpa. 

Fotos: Lilian Grellmann

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