La parrilla está muy cara!

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A Argentina, sempre famosa pelo seu churrasco de dar água na boca, está ando por um dos seus períodos de menor consumo de carne bovina na história. Segundo um relatório da Bolsa de Comercio de Rosário, o consumo médio de carne bovina deve cair ao menor patamar em 110 anos, enquanto a demanda por frango e porco, mais íveis, está em alta no país.

Com o orçamento mais apertado, as famílias argentinas estão mudando seus hábitos alimentares e buscando alternativas mais econômicas. A estimativa é de que a demanda por carne bovina caia para menos de 45 quilos por pessoa este ano, o menor valor registrado desde 1914. Se o nível de consumo se confirmar, será a primeira vez que a demanda por carne bovina se equiparará à de frango, cuja popularidade vem crescendo em todo o mundo.

Mesmo com o primeiro superávit desde 2008 e a melhora gradual dos indicadores econômicos, a inflação continua sendo a principal vilã na Argentina. Os preços subiram 280% em comparação anual, e metade da população ainda está na faixa da pobreza. Na cidade de Buenos Aires, a taxa de indigência — pessoas que não conseguem comprar a cesta básica de alimentos — dobrou de 8% para 16% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano ado.

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No ano ado, 75% da produção de carne era destinada ao mercado interno, mas agora esse número caiu para 69%, aumentando o volume exportado. Contudo, como os preços internacionais diminuíram quase 10% este ano, o valor faturado com a venda de carne para o exterior subiu apenas 1% em comparação com 2023.

Diante deste cenário, os argentinos estão optando por outros tipos de proteína, como frango e porco, que são mais íveis. O consumo total de todas as carnes também registrou uma queda. A inflação e a diminuição do poder de compra estão forçando uma mudança significativa nos hábitos alimentares de uma nação que sempre teve a carne bovina como um símbolo cultural e gastronômico.

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