A energia solar no Sul do Brasil tem conquistado cada vez mais espaço na matriz energética nacional, confirmando a relevância da região no cenário das energias renováveis. Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica (Absolar), o País conta atualmente com uma capacidade instalada de 44 gigawatts (GW) em energia solar, dos quais 23,3% são produzidos nos estados do Sul. O Paraná, com participação de 9,3% do total nacional, é o segundo maior produtor de energia solar da região, ficando atrás apenas do Rio Grande do Sul, que lidera com 9,4%. Santa Catarina contribui com 4,6%, reforçando o papel estratégico dos três estados no setor fotovoltaico brasileiro.
A expansão da energia solar no Sul reflete uma demanda crescente por fontes de energia mais limpas e econômicas. Grande parte dos sistemas instalados está em propriedades residenciais, comerciais, industriais e rurais, destacando a versatilidade e a aplicabilidade da tecnologia em diferentes setores. No Paraná e no Rio Grande do Sul, a energia solar tem sido especialmente valorizada no campo, onde agricultores buscam reduzir custos de produção e aumentar a sustentabilidade de suas atividades. “A energia solar tornou-se uma aliada importante para os produtores rurais, que conseguem, ao mesmo tempo, economizar e diminuir o impacto ambiental de suas operações”, destaca o diretor da Soreli Sol Energias, Amon Mendes.
Os dados divulgados durante a Intersolar 2024 reforçam a importância do crescimento desse setor. Só no primeiro semestre de 2024, o Brasil adicionou 7 gigawatts (GW) de energia solar à rede elétrica nacional. Esse aumento inclui tanto grandes usinas solares quanto sistemas menores de autogeração instalados em telhados, fachadas e solo, ampliando o protagonismo brasileiro na transição para fontes de energia limpa e renovável. O avanço da energia solar no Brasil coloca o país em posição de destaque no cenário mundial, em sintonia com os objetivos globais de reduzir emissões de carbono e enfrentar as mudanças climáticas.
Atualmente, a energia solar já responde por 18,9% da matriz elétrica brasileira, contribuindo de forma expressiva para a redução das emissões de gases de efeito estufa. Segundo a Absolar, o uso dessa fonte renovável evitou a emissão de aproximadamente 53,7 milhões de toneladas de CO₂, evidenciando o impacto ambiental positivo da expansão solar no país.
No Sul do Brasil, o crescimento da energia solar não é apenas uma questão de sustentabilidade ambiental, mas também de economia e independência energética para consumidores e empresas. A adoção de sistemas fotovoltaicos permite aos usuários maior controle sobre seus gastos com energia e os protege de oscilações tarifárias, enquanto, ao mesmo tempo, contribui para a meta de reduzir a dependência de fontes de energia não renováveis. Esse movimento coloca a região como um exemplo de transição energética eficiente e integrada com as necessidades da população.
O cenário sugere que o Sul do Brasil continuará a ter um papel central no crescimento da energia solar do país, com potencial para expandir ainda mais sua participação na matriz elétrica. As iniciativas locais, somadas ao apoio de políticas nacionais e estaduais de incentivo, reforçam a viabilidade de uma matriz energética mais limpa e ível para todos, solidificando o compromisso da região e do Brasil com um futuro sustentável.