A persistência dessas ondas de calor, segundo projeções, se estenderá até 2024, com a manutenção de prováveis recordes de temperatura registrados nos meses vindouros. Uma consequência direta desses recordes de temperatura é o aumento significativo no consumo de energia elétrica. Com temperaturas mais altas, o uso de aparelhos de ar condicionado e refrigeradores dispara, aumentando a demande de consumo sobre os sistemas de energia, muitos dos quais ainda dependem de combustíveis fósseis.O aumento no consumo de energia elétrica devido ao maior uso de aparelhos de ar condicionado e por conseguinte com maiores gastos com a conta de energia elétrica, tem aquecido o mercado de energia solar no Brasil, com aumento expressivo na procura de aquisição de sistemas fotovoltaicos residenciais no último trimestre de 2023.

De acordo com levantamento da fintech Meu Financiamento Solar, especializada em financiamento para projetos fotovoltaicos de geração própria de energia no Brasil, “o volume de simulações de crédito cresceu 20% no mês de novembro em comparação com outubro.”

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Neste contexto, a importância das energias renováveis torna-se ainda mais evidente. Alternativas como a energia solar representam não apenas uma solução para o problema imediato do aumento do consumo de energia, mas também uma estratégia importante para combater as mudanças climáticas de forma mais ampla. A energia solar, em particular, tem mostrado grande potencial. Sua adoção em larga escala mundial poderia contribuir significativamente para frear o aumento da temperatura global, reduzindo a dependência por fontes de energia não renováveis.”Vimos nosso volume de vendas aumentar de forma exponencial nos últimos dois meses em Foz do Iguaçu e região, principalmente pelo registro de altas temperaturas em nossa região nesta época de verão” segundo Amon Mendes, diretor da Soreli Sol Energias.Aliado ao calor, outro fator que tem influenciado de forma significativa na maior procura pela aquisição de sistemas fotovoltaicos é a queda significativa nos preços dos componentes de um kit fotovoltaico, composto por ou placa solar e inversor. “O preço praticado pelo mercado tem sido no mínimo 50% menor em relação aos preços de 2022, o que facilita a uma parcela ainda maior de consumidores ter condições de investir em um sistema de energia solar em sua resdiência”, diz Amon Mendes.O cenário para o mercado de energia solar é promissor, diante de investimentos em tecnologias solares que têm levado a quedas progressivas no preço de painéis solares. Soma-se à diminuição dos preços dos sistemas fotovoltaicos, a queda na taxa Selic de forma consecutivas nas últimas reuniões do COPOM do Banco Central. 

A decisão do Copom é vista de forma positiva por Leandro Martins, presidente da Ecori Energia Solar. “Nosso mercado é muito dependente disso e cerca de dois terços dos consumidores recorrem ao financiamento para adquirir o seu sistema fotovoltaico. Essa volta de o ao crédito é fundamental para a retomada de crescimento do nosso setor”.Diante desses desafios e oportunidades, é crucial incentivar o uso da energia solar como fonte importante de geração de energia elétrica, aliado a outras fontes também renováveis. Políticas públicas favoráveis e conscientização sobre os benefícios ambientais e econômicos dessa fonte de energia podem acelerar a transição para um futuro mais sustentável e climaticamente seguro e o cenário tem sido promissor neste sentido.

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